A negro leo.
Sob os pés da humanidade de cinza tez
A quentura do magma
Feito preto-feijão em panela véia a destroçar nervos,
Doce sumo revolucionário do que resta
Do banquete de rosada gente.
Sobre os cílios que farfalham em sorriso-bananeira,
Ventos intrépidos, quiçá tambores de guerra,
Toda pressão da atmosfera em banho crepuscular
Que comprime argolas e patíbulos
Em carne crua e magra,
Preta carne num caledoscópio sem cores.
O sangue festivo quando não arde em pus de ferida aberta,
Explode vermelho em cantiga de noite
Quando os senhores dormem seu sonho culpado
E a canalha dorme em sonho acordado.
Pra lá do poente neon-anil,
Ver-te em sons é expurgar o pecado da cor
É fazer-te em preto-escuro, quase rubro,
Esta noite clara e sem estrelas.
Lua
Há 8 anos
Um comentário:
como escreve intenso...
e como me encanta Luizim
besos
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