Quando entardece a quentura espeta o nervo
De rubro o céu que se faz em pinceladas febris
Ao rubro sangue que aperta os canais de minh’alma
Resta o desejo de tarde no contrátil do corpo miúdo
Que é o anúncio do extenso por-vir
A madrugada tímida que sobe da vela de um dia exausto
No banho crepuscular da aurora faceira que aponta de trás do
monte:
O calmo das águas estreitas, o sibilar dos sinos barrocos, a
pirueta de saci amestrado
A certeza indigesta que é mais longe, nos tarde das horas,
Que o verso vem!
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