Eis mais uma vez em exercício
vão: melhorar o palavrório, cutucar doçuras, andar dois passos inventando razão.
Em mim um bicho humano rumina, rela em minhas arestas mínimas seu sebo viral,
debruça sobre ancas largas seu peso de macho, regozija-se do esforço de se
fazer-se enquanto tal. Bicho pequeno que exalta as estrelas, és esforço inútil
como musgo em parede, como o roçar de tetas de feras acasaladas, és gratuito
como esta noite, como todas as noites de céu ilusório, piscadelas indiferentes
de nosso senhor (nosso?).
És fera, bicho humano, bicho!!!!, entre uma equação e outra.
Eis mais uma vez em exercício
vão: andar dois passos inventando razão.